Quem sou eu ?

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Capital do Ceará, Ceará, Brazil
cearense,ex aluno Marista,canhoto,graduado em Filosofia pela UECE, jogador de futebol de fds, blogueiro, piadista nato e sobretudo torcedor do Ceará S.C. Não escreveu livros, não tem filhos e não tem espaço em casa para plantar uma árvore.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

E a Copa do Mundo começou. Nada mais importa. (5)


Entendo futebol mais que um simples esporte. Vejo como uma forma de identidade pessoal. Desde pequeno (leia-se Copa de 90 na Itália), achava aquela atmosfera patriótica uma grande bobagem, mas eu tinha apenas 9 anos.


Passaram-se outras Copas e continuei achando artificial todo esse sentimento “pra frente Brasil, do meu coração...”


Minha paixão pelo futebol só aumentou de lá pra cá, mas acabei canalizando todo esse meu sentimento para o meu time de coração, onde tive tristezas e alegrias, mas sempre tive orgulho de vestir a camisa. Nele me identificava.


Até chorei em 1994, mas não com o título nos Estados Unidos e sim com a derrota do Ceará na final da Copa do Brasil.


Não adianta, não consigo ver a Seleção da CBF como algo que me identifique, como motivo de orgulho, muito menos de amor. Confesso que até já tentei. Fui a um jogo no Castelão em 1995 com meus amigos de condomínio, o time da CBF ganhou de 5 a zero da Eslováquia mais confesso que não fui contagiado por essa atmosfera verde-amarela que toma nosso país de quatro em quatro anos.


Não estou torcendo contra. Se a seleção ganhar,a torcida terá alegria, claro, mas a vida não vai mudar. E três dias depois da final estarei com minha camisa alvinegra apoiado o meu Ceará no templo maior do futebol cearense.


É evidente que perdendo ou ganhando a Seleção da CBF, a torcida brasileira que gosta do seu time estarão muito motivados para o duelo entre seus clubes, seja na Libertadores, Brasileirão ou Copa do Brasil.


A vida segue, com ou sem título da seleção, e o futebol não morre, perca ou ganhe o time da CBF. Ele é muito maior.


E você, ficará mais ligado ou menos interessado em futebol de acordo com o resultado da seleção canarinho em gramados sul-africanos?


Seleção da CBF? Sou indiferente...


Ceará S.C. ? Esse sim, vale a pena. Esse é meu time,representa meu estado, minha paixão.


Thiago Oliveira Braga é graduado em Filosofia - UECE e dentre outras coisas é torcedor do Ceará S.C.

terça-feira, 29 de junho de 2010

E a Copa do Mundo começou. Nada mais importa. (4)


A Copa do mundo não mudará a sua vida, independente de resultado. Já a política talvez não mude, mas poderá piorar.

Pense nisso...


Com vocês, ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

domingo, 27 de junho de 2010

Viajar é preciso. Viver é impreciso.



(...) "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos e simplesmente ir ver. O mundo na TV é lindo, mas serve para pouca coisa. É preciso questionar o que se aprendeu. É preciso ir tocá-lo." (...)

Amyr Klink, Mar sem Fim.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O que temos construído ?


Grande ironia. É justamente do projeto da torre de Babel que extraímos grande ensinamento para o "projeto de construção" da igreja. Aqueles queriam construir uma cidade com uma torre que chegasse até o céu. Pretendiam ficam famosos e se precaver de uma outra chuva forte, e põe nisso, que os espalhasse pelo mundo.

Vários erros de projeto: a pretensão de chegar no céu, pois no céu a gente só chega levado por alguém que é do céu; a motivação de empreender para ter um nome, pois a gente não faz para ser, a gente faz porque é; e, a pretensão de correr para o céu para fugir da terra, pois o máximo que podemos fazer é trabalhar para a terra mais parecida com o que imaginamos seja o céu.

Erros comuns ainda hoje. Ainda tem gente achando que o reino de Deus é levado adiante pelo mérito e esforço humano, sem o concurso da graça de Deus; ainda tem gente que acredita que sua identidade depende de suas conquistas e realizações; e ainda tem gente cujo projeto de vida não inclui a terra, mas apenas o céu, isto é, não é um projeto de vida, é um projeto de morte.

Mas apesar dos erros, é em Babel que Deus se pronuncia revelando um dos maiores segredos do sucesso de qualquer empreendimento histórico e coletivo: "Essa gente é um povo só, e todos falam uma só língua. Isso que eles estão fazendo é só o começo. Logo serão capazes de fazer o que quiserem". Unidade. Eis o segredo. Unidade no entendimento, no projeto, no processo, nos esforços. Talvez daí o mote dos militantes: "o povo unido jamais será vencido". Semelhantes ao que Jesus: "uma casa dividida contra si mesma não prospera".

A fragilidade em boa medida, se explica daí. No lugar de unidade, dispersão; de cooperação, competição; de soma e multiplicação, subtração e divisão; de sujeição mútua, difamação; de uma só lingua, muitos sonidos incertos; de um só coração e mente, muitas caras, e caras de gente que mente.

Eis porque é imprescindível uma parada para ouvir novamente a voz de Deus. Separar um tempo para reavaliar a identidade, a caminhada, as aspirações e os sonhos para o futuro. Desacelerar a agenda ativista para abrir espaço para a reflexão e a devoção comunitária.

Em que proporção caminhamos em unidade, falamos a mesma língua e rumamos na mesma direção ? Quão informada está a caravana a respeito da viagem? Falamos todos a mesma lingua ? Enfim, estamos em unidade. Unidade com Deus, e unidade entre nós.

Estamos construindo um pouco do Reino de Deus. E não uma torre. Não queremos chegar no céu. Queremos chegar chegar até os confins da terra para fincar bandeiras e declarar "o reino de Deus chegou". Queremos ser um povo só, falando uma só língua. Esperamos que Deus coloque em nossas mãos o que ainda falta do "projeto impossível" e faça de nós um povo capaz não sermos relutantes a colocarmos a mão na massa.

Com vocês, ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

Amor líquido como sabão



“O fracasso de uma relação é com freqüência um fracasso de comunicação”


Zygmunt Bauman

Confesso que fiquei tentado em colocar o seguinte título nesse texto: “Uma garotinha de 5 anos resenha livro de Zygmunt Bauman”. Depois pensei melhor, imaginei que poderia suscitar incontáveis visitas ao blog pela curiosidade que tal frase provocaria nos mecanismos de busca na Internet, e daí optei por esse que está aí. Conto-lhes como ele surgiu.




Carolina, a tal garotinha do título abortado, que sucede ser minha filha caçula, viu um exemplar de “Amor líquido” descansando em minha mesinha de cabeceira. Curiosa, e dando seus primeiros passinhos com as letras, leu-me em voz alta a capa.



Ela saiu dali intrigada. Creio que o subtítulo não a ajudou muito, “Acerca de la fragilidad de los vínculos humanos”. Sim, minha versão é em espanhol e a pobre criatura ainda tem que aprender a ler em dois idiomas. O mundo é assim mesmo, cruel e injusto.



Passamos os dois ao banheiro, com o nobre propósito de lavar as mãos antes do almoço. Seu olhinho se iluminou, apontou para o pote de sabonete líquido e aí me disse triunfante “Amor líquido como sabão!”. Que pai, por mais insensível que fosse não concordaria com a brilhante e breve resenha que sua jovem filha acabara de fazer do livro de Bauman?



Estou apenas no começo do que me parece ser um excelente ensaio. O primeiro capítulo sobre como a gente se enamora e se desenamora (como se diz isso em português?) em nosso mundo é fabuloso. Creio que tem muito a ver com aquela estranha idéia, comentada aqui anteriormente, de colocar prazo de validade nos casamentos.



Foi outro dia, quando cruzei ao outro lado do rio e visitei minha livraria preferida, que resolvi acabar com essa pendência com o catedrático em sociologia das universidades de Leeds e Varsóvia. Adquiri então esses quatro títulos: Amor líquido, Miedo líquido (la sociedad contemporânea y sus temores), Modernidad líquida, Vidas desperdiciadas (la modernidad y sus parias).



Tudo bem, reconheço que há muito “líquido” nesse pacote. Não tem problema, estou em dieta mesmo. Não por razões estéticas, claro. Nem porque minha esposa tenha insinuado que eu precisasse. Ou será que ela o fez e eu não entendi o que ela tentava me dizer? Espero que o Bauman resolva meu dilema no próximo capítulo.



Foto: © The soap dispenser formerly known as Gonzo

Upload feito originalmente por Andreas Reinhold

 
http://osulemeunorte.blogspot.com/2008/09/amor-lquido-como-sabo.html
 
 
Ricardo Wesley M. Borges

terça-feira, 22 de junho de 2010

Da repescagem para as oitavas-de-final. Isso é Copa do Mundo.


O Uruguai é uma espécie de aldeia gaulesa no Cone Sul. Vizinho dos gigantes e poderosos Brasil e Argentina, resiste brava e orgulhosamente à colonização, com sua carne deliciosa, sua Norteña e sua Patrizia, suas feirinhas de antiguidades, o Rio da Prata, os ferro-velhos, os carros antigos circulando valentes, o chimarrão e o chivito. Um país adorável, de gente igualmente adorável, meio enfezada, às vezes, mas totalmente do bem, afável, inteligente, espirituosa.


Daquele tamanhinho, o Uruguai tem duas medalhas de ouro olímpicas no futebol, ganhou duas Copas, realizou a primeira de todas, em 1930, causou a maior tristeza ludopédica de todos os tempos, ao bater o Brasil na final de 1950 no Maracanã.


É história pacas. O Lugano disse agora no rádio que são também 15 Copas América e nove Libertadores. Não vou checar os dados, já disse que este é um blog “Google-free”. Mas deve ser algo perto disso.


Agora há pouco os uruguaios bateram os mexicanos e se classificaram em primeiro no grupo A, sem levar um gol sequer. É possível que peguem alguma baba vinda do grupo B nas oitavas, e outra baba nas quartas. Portanto, imaginar o Uruguai nas semifinais não é sonhar alto, e quem chega a uma semi pode muitíssimo bem ir a uma final e muitíssimo bem espetar mais uma estrela na camiseta, como não?


Ainda mais se ela for azul da cor do céu.


Flávio Gomes, comentarista da ESPN.

Raio-X

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Isso que é criatividade.




Esse ponto de ônibus é na Rússia. E olha que eles nem estão na Copa. Vale a ideia e a criatividade.

domingo, 20 de junho de 2010

Coelet



Antes que tenha rima
a imensa lida
Antes que saias as perguntas nas avenidas:
- Cadê lua, cadê a tua luz amiga?
- Cadê, cadê você querida

Antes que venha aquela atrevida
Tomar tudo debalde
Antes que seja tarde
Antes que venham aqueles dias
Em que digas:
-Não tenho mais prazer na vida !
A vida furta-cor
Furta sabor
E rouba a melodia

Antes que parta
O copo de ouro
E se despedace o cântaro
E a roda junto ao poço
Lembra-te do teu Criador
Enquanto és moço

Composição: Roberto Diamanso

Com vocês, ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga

sábado, 19 de junho de 2010

Saudações ao poeta.


Um salve para Chico Buarque, grande mestre da música brasileira, e aniversariante do dia de hoje.
Hoje você é quem manda, falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão. Viu?
Você que inventou esse Estado, inventou de inventar toda escuridão
Você que inventou o pecado, esqueceu-se de inventar o perdão.

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder da enorme euforia?
Como vai proibir quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando e a gente se amando sem parar.

Quando chegar o momento esse meu sofrimento, vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido, esse grito contido, esse samba no escuro.

Você que inventou a tristeza, ora tenha fineza de "desinventar".
Você vai pagar, e é dobrado, cada lágrima rolada nesse meu pensar.

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver o jardim florecer qual você não queria.

Você vai se amargar vendo o dia raiar sem lhe pedir licença.

E eu vou morrer de rir e esse dia há de vir antes do que você pensa.
Apesar de você.

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver a manhã renascer e esbanjar poesia.

Como vai se explicar vendo o céu clarear, de repente, impunemente?
Como vai abafar nosso coro a cantar, na sua frente.
Apesar de você.

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal...
Chico Buarque
"A pesar de você" (alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici).

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Eu sou da América, sul da América, South América.



Não tenho muita paciência com estatísticas, deixo isso para os especialistas e enciclopédicos, mas andei fazendo umas contas e até agora, em 20 jogos, o único continente que ainda não perdeu nesta Copa foi a América do Sul. Chile, Paraguai, Uruguai, Argentina e Brasil estão invictos, cinco vitórias e dois empates, e isso nunca tinha acontecido antes da história das Copas do Mundo - cinco vitórias, dois empates, com esses países e contra os mesmos adversários (viu como é fácil chegar a números inéditos?).

O saco de pancadas da Copa é o continente africano, com cinco derrotas, apenas uma vitória e dois empates. A América do Norte/Central conseguiu sua primeira vitória com o Méximo contra a França. Asiáticos/oceânicos já venceram duas. E os europeus, em maior número, ganharam cinco e perderam quatro.

Não tem a menor importância, esses números, exceto pela invencibilidade sul-americana. A má companhia africana também tem alguma relevância. Os times são fracos, correm muito e fazem pouco.

Minha tese: tem de ter mais time da América do Sul nessa Copa. Hoje, a África tem mais representantes em Copas do que "nosotros acá". Vamos aumentar a Copa! Mais eleições, mais festas, mais tudo!

   "Eu sou da América, sul da América, South América..." Terral - Ednardo

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dia da Juventude... na África do Sul




O Uruguai venceu por 3 a 0 a Áfricado Sul pela 2 rodada do grupo A da Copa do Mundo, mas mesmo assim na África do Sul foi dia de festa. No dia 16 de junho é comemorado o dia nacional da Juventude: há 34 anos (1936), em Soweto, o jovem estudante Hector Peterson (foto) foi assassinado ela polícia durante um protesto pela liberdade e contra o regime racista.

Naquela ocasião, cerca de 10 mil estudantes negros protestam pacificamente contra o ensino obrigatório do afrikaans ( a lingua dos governantes do Apartheid). A polícia respondeu com violência e dezenas de estudantes morreram.


Os "bafana bafana", que também hoje entraram em campo cantando e dançando, sabem que o país ainda sofre com violência, os negros ainda são mais pobres (um exemplo em tempo de Copa), o rancor ainda não desapareceu por completo, mas sabem também que, graças a movimentos como esse também àquele trágico dia 16, a África do Sul tornou-se um País melhor.

E celebremos a Copa do Mundo. Celebremos com ALEGRIA.

Resolução.

Considerando nossa fraqueza os senhores forjaram
Suas leis. para nos escravizarem.
As leis não mais serão respeitadas
Considerando que não queremos mais ser escravos.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e com canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Teremos mais a miséria do que a morte.
Considerando que ficaremos famintos
Se suportarmos que continuem nos roubando
Querendo deixar bem claro que são apenas vidraças
Que nos separam deste bom pão que nos falta.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
Considerando que existem grandes mansões
Enquanto os senhores nos deixam sem teto
Nós decidimos: agora nelas nos instaleremos
Porque em nossos buracos não temos mais condições de ficar.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Considerando que está sobrando carvão.
Enquanto nós gelamos de frio por falta de carvão
Nós decidimos que vamos tomá-lo
Considerando que ele nos aquecerá
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria do que a morte.
Considerando que para os senhores não é possível
Nos pagarem um salário justo
Tomaremos nós mesmos as fábricas
Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós.
Considerando que os senhores nos ameaçam
Com fuzis e canhões
Nós decidimos: de agora em diante
Temeremos mais a miséria que a morte.
Considerando que o que o governo nos promete sempre
Está muito longe de nos inspirar confiança
Nós decidimos tomar o poder
Para podermos levar uma vida melhor.
Considerando: vocês escutam os canhões
Outra linguagem não conseguem compreender -
Deveremos então, sim, isso valerá a pena
Apontar os canhões contra os senhores!

Bertold Brecht


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Soy Celeste, Naci Celeste.





Os Uruguaios conseguem reproduzir seu orgulho pela seleção, de vibrar pela pátria, da alegria de desfilar pelas ruas com as cores do país.

Ponto positivo para os uruguaios, a canção Soy Celeste, Naci Celeste é o melhor jingle de seleção que já ouvi.

Não conhecem ? Tirem suas próprias conclusões.

O último gol do Pelé - o gol que faltou.

Sei lá se isso é novidade, mas a VIVO fez esse filme aí com o Pelé. O 1284° gol, que ele sonhava que fosse contra a Argentina. Hum... Bom, vá lá. Devem ter tido um trabalho desgraçado para fazer isso. E deve ter custado uma grana preta. Que seja. Pelé merece todas as homenagens do mundo. Mesmo as bem remuneradas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

É proibido sonhar.


No passado, o futuro era melhor. Ao menos para minha geração, a dos que tinham 20 anos na década de 60 (Cuba, Che, Vietnã, Bossa-Nova, Cinema novo, Nouvelle Vague, Beatles, tropicalismo etc). Com o que sonham os jovens de hoje ? Minha geração sonhou com a mudança do Brasil (castrada pelo golpe militar de 1964) e do mundo (congelada pela queda do Muro de Berlim). A glogocolonização neoliberal cuidou de privatizar, não apenas empresas públicas e estatais, mas também os sonhos.


Os jovens já não sonham em escala nacional e planetária, exceto no que concerne à preservação da natureza. Sonham em escala individual e familiar: conforto, riqueza, beleza e poder. Quem roubou os grandes sonhos? Por que o vocabulário 'utopia' desapareceu da linguagem corrente e é suspeito aos olhos dos intelectuais europeus?


Quem primeiro falou em utopia (do grego utopos, lugar nenhum) foi Hesíoso, poeta do século VIII a.C., em seu famoso texto "Os trabalhos e os dias". Evoca os homens que viviam como deuses, "sem preocupações em seus corações, protegidos da dor e da miséria. "Ninguém envelhecia e, dotadas de vigor incansável", as pessoas desfrutam das "delícias dos banquetes". "Não conheciam o constrangimento e viviam em paz e abundância como os senhores de sua terra."


Hesíodo não nutria veleidades nostálgicas. Seu texto aproxima-se mais da literatura profética que da idílica. A era de ouro havia desaparecido porque os homens "não foram capazes de evitar a violência imprudente entre si e não queriam reverenciar os deuses. " Agora, diz Hesíodo ao comparar a realidade ao sonho, não há "nenhum amor entre amigos ou irmãos, como no passado. Os contraventores saquearão as cidades uns dos outros e o poder fará a lei e o pudor desaparecerá."


A palavra 'utopia' foi cunhada por Thomas Morus em 1516, como título de seu mais conhecido livro. Essa ideia de que em tempos primordiais havia uma sociedade perfeita e que nos cabe, agora, resgatá-la, é mais acentuada nos filhos da tradição judaico-cristã. O mito bíblico do Paraíso isento de toda dor e pecado ecoa forte em nosso inconsciente. Aquilo que foi, será. Nem Marx logrou libertar-se do paradigma bíblico. Seu comunismo primitivo, imune à alienação e exploração, é a imagem de um passado refletido no futuro: a construção da sociedade comunista, onde haverá a adequação entre existência e essência do ser humano.


Em que ponto da Terra sobrevive a utopia que, no século XX, mobilizou milhões de militantes dispostos a dar a vida para que todos tivessem vida? O fundamentalismo islâmico não se compara ao ardor dos jovens revolucionários. Estes queriam mudar o mundo, não impor uma crença religiosa; buscavam implantar a justiça, não a predominância de uma fé; almejavam uma nova sociedade, não a hegemonia de uma religião; vislumbravam o êxito na derrubada do poder opressor, não na morte coroada pelo martírio.


O socialismo foi uma grande utopia de minha geração. Sonhávamos com uma sociedade na qual ninguém estaria ameaçado pela fome, a guerra, a exploração, a discriminação e a marginalização. A Rússia foi a primeira a implantar, em 1917, o novo sistema esboçado na crítica de Marx e Engels ao capitalismo. Em 1949 o gigante chinês deu o mesmo passo.


Embora o socialismo tenha representado grandes avanços quanto aos direitos sociais, não tardaram a se repetirem as "desilusões de Hesíodo" : crimes de Stalin, Revolução Cultural chinesa, imperialismo político, a ditadura do proletariado reduzida à ditadura dos dirigentes do partido único etc.


Hannah Arendt, militante da esquerda alemã, ao renegar suas ideias revolucionárias cometeu o equívoco de encarar o marxismo e o fascismo como diferentes versões do totalitarismo. Disseminou, pois, o pensamento antiutópico, hoje representado no Brasil pelo PSDB e pelo PT. Assim, cerrou o horizonte da esperança e reforçou o neoliberalismo.


Para os adeptos do antiutopismo, que já não crêem em sociedade pós-capitalista, há sim identificação entre este sistema e democracia. O capitalismo seria perverso em seus abusos, não em sua essência. Acreditam, portanto, em ser possível "humanizá-lo", sem atinarem para as conexões entre Wall Street e a Etiópia, o bem estar dos países escandinavos e a presença significativa de seu capital e de suas empresas em países emergentes.


Sofre-se, hoje, de distopia, a utopia deteriorada, ceticismo, desencanto, que induzem muitos a se acomodarem tristes em seu canto. O que resta da esperança quando já não cremos em líderes, partidos, doutrinas e ideologias? O que resta quando, à nossa volta, se fecham todas as portas e janelas? Resta a amargura, o desalento, a repulsa ao poder. Esse o momento em que o sistema comemora a sua vitória sobre nós. Esvaziar-nosde utopia, neutralizar-nos, cooptar-nos, eis a tática daqueles que professam o dogma de que "fora do mercado não há salvação".


Quem não sonha com a utopia corre o sério risco de recorrer ao sonho químico das drogas, que sempre termina em pesadelo.
Frei Betto.

A Copa do Mundo começou. Nada mais importa. (3)

Tio, qual a melhor seleção que você viu jogar? A do Brasil de 82. Não, estrangeira. A Holanda de 74. Mas você tinha só 10 anos. Mas eu vi, uai. Tinha TV? Tinha, a cores. Como assim ? A cores, uai, antes era preto e branco. Quê? Preto e branco, só preto e branco, não tinha cor nenhuma, que nem foto antiga. E o que é KNVB? Sei lá. Vou fazer o escudo da Holanda, então. Legal, pode fazer. Era Nike ? Quê? A camisa da Holanda em 74 era Nike? Não, era Adidas. Como é que você sabe? Porque eu sei, uia.

E então contei que o Cruyff era o único do time cuja camisa não tinha três listras na manga, porque ele tinha um contrato de patrocínio com o Puma, usava tais chuteiras, e se recusava a fazer propaganda de outra marca. Naquela época, a camisa da Holanda não tinha o emblema da adidas, e o que indicava a marca eram três listas. Por conta disso, a do Cruyff tinha só duas.

Mas agora é Nike, disse o Gominho. Eu sei, e jogou bem ontem. É a laranja mecânica, disse o Gominho. Onde você ouviu isso? Você falou outro dia, quando contou a história do cara da camisa com duas listras.

Saber essas coisas impressiona bastante as crianças, mas convém não ficar repetindo.



segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa do Mundo FIFA 2010 na ESPN. Nada mais importa.

Não é sobre política, ou religião, ou economia.

Não é sobre fronteiras, história, comércio, petróleo, água, gás, direitos minerais, direitos humanos ou dos animais.

Não é sobre aquecimento global, pandemias globais, globalização, PIB, OTAN, ou Kyoto.

Não é sobre eleições, sanções, proliferações, ele disse, ela disse, minha terra, sua terra, terra de ninguém.

Não é sobre o mercado de ações, mercado negro, estados de alerta, casas ecológicas, esperança, mudança, medo ou aversão.

Não é sobre o comunismo, socialismo ou capitalismo, guerra ou paz, amor ódio.

É SOBRE O MÊS, A CADA QUATRO ANOS, ONDE TODOS CONCORDAM COM UMA ÚNICA COISA !

32 nações e o mundo inteiro assistindo !

COPA DO MUNDO - ÁFRICA DO SUL 2010, NADA MAIS IMPORTA !

sábado, 12 de junho de 2010

E a Copa do Mundo começou. Nada mais importa. (2)


Durante a copa de 1994 mudou-se a moeda, você lembra?
Em 1998 o presidente Fernando Henrique Cardoso venDEU a Vale do Rio Doce, você lembra?
Esse ano está sendo votado um substancial aumento de salários aos Senadores (por eles mesmos, é óbvio).
E a bandeirinha do Brasil, você já comprou?
Vibre muito durante esses dias, pois no dia seguinte do ultimo jogo do Brasil voltaremos a viver a mesma vida, ganhando ou não a Copa do Mundo.
Seja patriota, mas não SÓ na Copa.
Abraços
Com vocês ao serviço d'Ele
Thiago Oliveira Braga.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Esta geração.


O psicanalista Contardo Calligaris acaba de escrever seu primeiro romance: "O conto do amor". Como colunista do Jornal Folha de São Paulo, tem treinado semanalmente sua escrita, que já é deliciosa. Contudo, me chamou a atenção o que ele coloca na voz de sua personagem, Bice:
Parecia-me que suas escolhas eram ditadas por uma única razão: ele não conseguia achar graça na vida como ela é. (...) Para que a vida tivesse graça, era como se ele precisasse brincar com fogo. Há uma geração, Pinin, que perdeu o entusiasmo de viver. Eles não conseguem encontrar nas esquinas do dia-a-dia o punhado de aventura que é necessário para colorir a vida. Pagam qualquer preço para se envolver numa história que lhes dê a ilusão de fazer parte da história".
Ao ler o noticiário, assim a um jornal televisivo, é difícil não receber notícias que nos apontem indícios dessa geração. O que dizer, por exemplo, do aumento da violência e sua banalização, especialmente, entre os jovens?
Parece-me certeiro alguns palpites de Calligaris, tão singelamente expressos - a necessidade, quase patológica, de brincar com fogo; a perda de entusiasmo de viver, isto é, concluir que a vida é sem graça demais, e portanto, pouco vale; o envolvimento em alguns episódios que pode lhes trazer a falsa sensação de que fazem parte da História.
Há décadas atrás, Paul Tournier (em seu livro L'aventure de la Vie), já dizia que no ser humano "há uma necessidade de expansão que é inerente à vida, uma necessidade de aventura pessoal que é própria do homem, uma necessidade de absoluto que, em última instância, expressa uma sede de Deus".
Será que um sintoma dessa geração seria justamente perversão de aventuras existenciais ou a apatia em relação a elas? Como entendermos nosso contexto? Como ouvimos os gemidos dessas juventudes?
Parece que o desafio nos está posto. E a exemplo de Davi - o homem segundo o coração de Deus - podemos servir ao propósito de Deus em nossa geração (At. 13.36).
Se não compreendermos as diversas expressões de sede de Deus que os jovens têm mostrado, se nos posicionarmos em mera crítica à distância, se optarmos pela alienação, estaremos fugindo ao propósito de Deus, porém, achando que o fazemos em nome d'Ele.
E quanto à juventude cristã: tem estado consciente das aventuras que escolhe, do que suas vidas expressam, e tem sido referência de maturidade para seus colegas?
Muitos sofrem detendo-se numa eterna infância; talvez, poderíamos dizer, de uma espécie de "Sindrome de Peter Pan". O próprio Tournier complementa que "esses não têm aceitado a lei da aventura que deve morrer para renascer". E explica: "Nós amadurecemos precisamente por essas mortes sucessivas de nossas aventuras, ainda que belas. Pois dessa forma ficamos disponíveis para outras aventuras, que tenham outro caráter menos infantil, menos ingênuo, mais adulto, mais fecundo".
Desejamos crescer? Temos permitido que a Palavra de Deus nos amadureça (Sl 119.100)?
Que Deus nos ajude, numa prática amorosa, aproximamos e ouvimos essa geração sedenta de Deus. Que seu Espírito ensinador nos ajude a criativa e amorosamente saber acolher e atuar, a fim de que a sede maior seja definitivamente satisfeita. E que Jesus, nosso Senhor e Salvador, nos dê ousadia para encarnar a missão: "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio" (Jo 20.21) - e coragem para deixar morrer certas aventuras, para que outras - mais maduras - (Ef 4.13) nasçam.
Taís Machado é psicóloga.

E a Copa do Mundo começou. Nada mais importa.


Nada mais importa. É a chamada da ESPN para o início da Copa do Mundo de 2010. É a narração de Bono Vox que nos convida a compartilhar do mesmo sentimento.

O discurso pode parecer um pouco alienador, tratando o futebol como ópio do povo, mas não é.

Nada mais importa é o sentimento que estará dentro dos campos, e nesse momento, sim, nada mais importa. No futebol, uma seleção não é melhor que a outra pelo sistema político adotado no seu país, ou pelas coisas que lá acontecem. Se assim fosse, alguns países jamais perderiam uma Copa.

Nada mais importa, pois como vimos em Copas passadas, o Irã pode facilmente derrotar os EUA, sem usar bombas ( a não ser as que saem dos pés dos jogadores ). Não se trata de ser ou não ser, não se trata de estar ou não estar. Nada mais importa.


Não se trata de ser patriota, que mania mais idiota desse povo metido a super intelectual anti- "pão e circo" que acha qualquer sentimento de união dentro de um país um patriotismo desmedido. Não somos patriotas e não nos conformamos em patriotas, somos torcedores, como quem torce para qualquer clube nacional. O problema, para aqueles que não gostam de futebol, é que não estamos divididos em vermelho e preto, branco e preto ou verde, amarelo e vermelho. Estamos agora torcendo pelo mesmo time, pela mesma seleção. Time este que carrega o sentimento de cada brasileiro em se sagrar campeão, de poder compartilhar um sentimento com o seu próximo. Sem que se perca a sua identidade.


Porque Copa do Mundo só a cada 4 anos. E só durante 30 dias.


LET THE GAMES BEGIN!


Copa do Mundo já começou. Eu sou apaixonado por FUTEBOL.

Abraços.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O privilégio de ser um artesão da história.


O futuro não está pronto. Diferentemente do que pensou o poeta, o futuro não é uma astronave que sem pedir licença muda a nossa vida e nos convida a rir ou chorar. O futuro não vem do amanhã em rota de colisão com o hoje. Nós é que vamos ao futuro, ou melhor, vamos construindo o futuro. Cada decisão e escolha é um tijolinho nesta casa feita de tempo em que habitamos.


Não sou determinista, isto é, não creio que a vida seja um jogo de cartas marcadas, ou que tudo o que nos irá acontecer esteja previamente determinado. Não entendo a liberdade como uma ilusão ou brincadeira de mal gosto de um manipulador. Também não sou um fatalista, isto é, não creio que as coisas acontecem porque tinham que acontecer. Na verdade, creio o oposto: a história é feita de muita coisa que jamais deveria ter acontecido, sendo sendo que até mesmo Deus ficou contrariado e lamentou o ocorrido. O pessimismo também não faz parte dos meus trajes, pois não acredito que o mundo seja um lugar ruim ou que a vida não tenha valor, ou ainda que o mal prevaleça sobre o bem. Mas também não sou otimista. Não vivo numa ilha da fantasia, acreditando que "tudo" dá certo "sempre" (onde dar certo é igual a acontecer como desejamos). Não creio estar vivendo no mehor mundo possível.


Mas creio na possibilidade de fazer história. Que o futuro não está pronto, mas é construído com nossas escolhas e decisões morais, não nos isentam das surpresas imponderáveis da existência, mas devem ser suficientes para nos colocar de prontidão, em busca de sabedoria, de tal modo que caminhemos em direção do céu baseados nas probabilidades e possibilidades e probabilidades, e não nas exceções ou acontecimentos indesejados: "que ficam esperando que o vento mude e que o tempo fique bom nunca plantará, nem colherá nada" (Eclesiastes 11.4).


Grite. Proteste. Decida. Levante-se da poltrona. Escape do sofá. Faça alguma coisa. Peça sabedoria a Deus (Tiago 1.5). Consagre a Deus todos os seu planos (Proverbios 16. 1-3,9). Preste atenção e veja o que Deus está fazendo (João 5.19). Depois, arregace as mangas e coloque mãos à obra. Coopere com Deus. Submeta sua história à história do Reino de Deus, pois Ele deseja dar para você um futuro de paz e esperança.


Com vocês, ao serviço d'Ele

Thiago Oliveira Braga

Falam muito, mas ouvem pouco.

Já diz um ditado popular: "Quem muito fala, dá bom dia a jumento".

Leitura faz mal a você.


O que tem prejudicado a sua vida do passado e, lamento dizer, até hoje, é a sua negligência quanto à leitura. Negligência tal que, por sua vez, chega a prejudicar até o próprio desejo de ler.


Dificilmente me recordo de um pregador que leia tão pouco. Eis a razão porque seu talento em pregar não aumenta. Você continua pregando como pregava há sete anos; com emoção, porém sem profundidade. Falta variedade e conteúdo.


A leitura poderá preencher estas lacunas com meditação e oração diária. Você prejudica a sim mesmo em omitir tal prática.


Desprezo à leitura impede alguém de ser um pregador maduro. Até para ser um cristão íntegro é mister a leitura adequada. Queira Deus que começasse logo!


Separe uma parte do dia para esse exercício. Assim adquirirá o sabor por aquilo que faltava; o que parece monótono no início se tornará com o tempo um prazer.


Com ou sem disposição leia e ore diretamente. É para a sua própria vida; não existe outro caminho. Faltando isso será para sempre um pregador superficial.


John Wesley

domingo, 6 de junho de 2010

Eternidade


"Se eu encontro em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência desse mundo pode satisfazer, eu só posso concluir que eu não fui feito para este lugar."

C.S. Lewis

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Ceará tua glória é lutar: Parabéns Vozão.







Há 96 anos começava o mais bonito de todos os sonhos alvinegros, pois surgia aquele que hoje é o Ceará Sporting Club. Em 2010, mudanças aconteceram e ainda estão para acontecer, porém o torcedor alvinegro jamais abandona a quem ele mais ama no futebol.

Hoje se comemora mais um ano de lutas e vitórias. Parabéns a todos aqueles que fazem do Ceará um grande time principalmente pela trilha de sucessos que o clube vem mostrando no futebol brasileiro. Tudo o que até agora foi construído deve-se a um esforço, conjunto aliado a alta capacidade individual de cada um, onde todos sempre buscaram o melhor para o nosso time do coração. Os resultados alcançados pelo nosso Ceará nos últimos anos devem-se a seriedade e afinco que vem norteando as diretrizes traçadas. Portanto, nossos mais sinceros parabéns Vovô.

2 de Junho de 2010. Essa é a data em que o conhecido "vozão" completa 96 anos de existência, glórias, alegrias e conquistas. Data esta que o torcedor alvinegro poderá dormir liderando a maior competição nacional. Para isso basta vencer o qualificado Avaí.

Hoje parabenizamos você. Ceará pelo seu aniversário, mas te desejamos vitórias e conquistas todos os dias. Já para o torcedor alvinegro, parabenize seu time nesta noite, indo ao Castelão.
Amanhã você será o parabenizado.

Viva mais uma glória meu Ceará S.C.